sábado, 21 de julho de 2012

O Desafio dos 100 Livros - Parte IV

Continuando com o desafio, aqui vão as próximas 10 perguntas :


31 - Um livro de poesia
Não tenho o hábito de ler poesia, mas gosto muito dos sonetos de Vinicius de Moraes...

32 - Um livro de ficção cientifica
O Guia do Mochileiro das Galáxias
- Douglas Adams
A série é composta por 5 livros, o primeiro é o melhor deles, com muita ironia, sacadas legais e um dos melhores personagens que já encontrei nos livros: o robô maníaco-depressivo Marvin!

33 - Um livro surrealista
Não sei muito sobre os gêneros literários, ou em cada livro deve ser alocado, mas acredito que Alice no País das Maravilhas de Lewis Carrol possa entrar nesse time.

34 - Um livro que fez-lhe rir
Cândido foi escrito em 1759 por Voltaire, mesmo ele não assumindo publicamente a autoria do livro. Esse livro faz muitas críticas à igreja, aos padres, aos modos como esses viviam, às relações entre as pessoas que aparecem na história, tudo de forma rápida e engraçada. As aventuras de Cândido, inocente e crente do melhor das pessoas, vai da Alemanha à Eldorado e de lá para Istambul, principalmente em busca de seu amor Cunegundes. Não tem muito o que dizer, apenas que é imperdível.

35 - Um livro que a narração seja demorada e chata
E a história é chatinha que dói.... Túneis de Roderick Gordon

36 - Um Livro que você não recomendaria
Eu acredito que se a pessoa está lendo, independente do livro, tá valendo. Mas se tivesse que recomendar algum, escolheria vários que considero bons, mas não recomendaria Paulo Coelho. Já li e acho que tem livros mais interessantes que o dele, mas quem tiver a fim de ler, se joga...

37 - O primeiro livro que leu
Faz tanto tempo que nem lembro mais...

38 - Um livro que denuncia a hipocrisia da sociedade
Senhora – José de Alencar

39 - Um livro que denuncia injustiças sociais
E um mundo bastante diferente do que vivemos... O Livreiro de Cabul de Åsne Seierstad

40 - Um livro que o narrador converse com o leitor
Nesse livro o narrador não só conversa com o leitor como faz com que ele pense. E nesse mundo de futilidades e coisas (sentimentos/relações) prontas é uma grande coisa!
Ensaio sobre a lucidez - José Saramago


Parte I: aqui
Parte II: aqui
Parte III: aqui

Cineminha

Algumas palavrinhas sobre alguns filmes vistos ultimamente:


Meia Noite em Paris - Um filme romântico, mas acima de tudo nostálgico, uma viagem no tempo pela Paris dos famosos anos 20. Para quem gosta de artes (literatura acima de tudo) se apaixona pelo filme, pelos escritores que ali aparecem, as citações, as situações pelas quais passam (que bem poderiam ter acontecido da maneira retratada no filme).
Mas o que mais encanta no filme é a vontade que todos possuem de ter vivido num período diferente do atual, mesmo sem saber as dificuldades que lá iriam encontrar e sem aproveitar as coisas boas que o hoje proporciona, meio piegas, mas verdade.


Branca de Neve e o Caçador - Uma Branca de Neve bem diferente do que conhecemos, forte, destemida, guerreira, mas com todos os encantos de uma heroína. Os efeitos especiais estão presentes, e diga-se de passagem usados de forma espetacular no filme.
Uma história infantil mas muito bem adaptada para os gostos adultos.
A única coisa que não gostei foi a escolha de Kristen Stewart para o papel de Branca de Neve, peguei uma birrinha com ela que não me convence como atriz, sempre com a cara de peixe morto e as mesmas caras e bocas desde Crepúsculo... mas não o suficiente para desistir de assistir seu trabalho.


Millennium Os Homens que não Amavam as Mulheres - Gostei da adaptação do primeiro livro da série Millennium. Quer dizer, na verdade gostei mais da atuação dos atores (escolha, caracterização...) do que da história em si (que já conhecia através do livro).
O final é um pouco confuso, mas o filme em si é legal... dá frio só de olhar.






Gigantes de Aço - Um filme sem grandes expectativas mas que se mostra muito melhor do que a encomenda. Num futuro 2020 o boxe não é mais humano, mas robótico. Um ex lutador de boxe tenta ganhar a vida nessa área, mas não tem muita sorte. Até que um acaso faz com que ele se reaproxime de seu filho, já que a mãe do garoto faleceu. A princípio ele quer apenas dinheiro do marido da tia do menino para comprar um novo robô, mas com a convivência ele acaba se apegando ao filho. Por não saber lidar com os controles do novo robô ele é derrotado na sua primeira luta e na busca por peças para a construção de um novo, o seu filho acaba encontrando um robô da 2ª geração, mas que acaba surpreendendo pelas qualidades que possui. E a partir daqui muda de mais um filme de luta para um filme da relação bonita entre pai e filho.


Jamaica Abaixo de Zero - Como era boa a Sessão da Tarde de antigamente, com filmes que davam gosto, que tinham uma história interessante, comédias realmente engraçadas e nada dessa palhaçada (salvo exceções) que passa hoje em dia. Um dos grandes filmes daquela época é Jamaica Abaixo de Zero, que muito mais que risadas nos mostra como é importante a força de vontade, o trabalho em equipe, vencer as adversidades, saber buscar aquilo que cada um possui de melhor.
O filme mostra um grupo de corredores jamaicanos que por um descuido não vão para as olimpíadas representar seu país e resolvem se aventurar nas olimpíadas de inverno, sem nem conhecer o esporte, mas a vontade de vencer é maior que as dificuldades e eles mostram que podem sim competir nesse esporte até então desconhecido na Jamaica.


Os títulos levam aos respectivos trailers no youtube.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Persuasão - Jane Austen

Um livro conhecido como Orgulho e Preconceito, adaptado para o cinema, "romance para mulheres", crítico em relação às relações sociais da Inglaterra provinciana, com uma heroína forte, diferenças de classes entre o "mocinho" e a "mocinha", entre outras características. Lendo a sinopse de Persuasão tem-se características muito próximas, o que pode se tornar um senão para a leitura desse livro (afinal, quem leu um leu todos).

Mas felizmente, apesar das semelhanças, Persuasão é mais profundo, mais maduro (devido certamente à fase que a autora o escreveu: já mais para o fim de sua vida), mais reflexivo, mais irônico e até mesmo menos óbvio. 

A história mostra como Anne Elliot foi persuadida a abdicar de um pretendente, Capitão Wentworth, pelo fato do mesmo ser pobre, não possuir títulos e nem familiares importantes. Passados sete anos eles se reencontram e a paixão (ou amor?) que ambos pensavam estar morto, volta a ser sentido, mesmo que demonstrado muito discretamente.

Os familiares arrogantes e orgulhosos estão presentes nessa história, especialmente na figura do pai e irmãs de Anne Elliot. Nesse ponto a história é bastante semelhante a Orgulho e Preconceito, pois tanto Lizzie Bennet, a heroína de O&P, quanto Anne Elliot sentem-se deslocadas dentro de suas próprias casas. Mas educadas e generosas como são conseguem se sobressair a esses infortúnios e mostram o quanto verdadeiramente merecem os títulos que possuem (ou não).

Um dos pontos-chave de Persuasão é mostrar como eram as relações naquela época, não admitia-se o casamento com alguém mais pobre ou que não estivesse no mesmo nível social, que foi o que aconteceu com Anne no início da narração. Percebe-se também que as mulheres eram criadas para serem donas de casa, submissas aos maridos e não precisavam e nem eram incentivadas (acredito até no contrário) a estudarem e serem mais cultas. Nas histórias de Jane Austen as heroínas conseguiram unir o bom casamento ($) com o amor, mas é claro que nem sempre acontecia isso.

A ambientação na qual passa a história é um caso a parte, é muito bom ler como eram os costumes e modos de vida antigos e de um país completamente diferente do nosso (também pode ser visto nos livros de Agatha Christie e Sir Artur Conan Doyle e na série de televisão Downtown Abbey). Em todos esses exemplos o que garante a magia da leitura é a descrição muito bem elaborada das vestimentas, das casas, das falas e tratamentos que nos transportam para aquela época e faz com que uma viagem no tempo fosse possível.

Ao final da leitura percebe-se que apesar das semelhanças entre as obras de Jane Austen cada uma tem características próprias que as tornam únicas e sendo únicas merecem uma leitura sem pré-conceitos.


terça-feira, 17 de julho de 2012

A Busca do Graal – Bernard Cornwell


Essa trilogia é formada pelos livros O Arqueiro, O Andarilho e O Herege e conta a história de Thomas de Hookton, filho bastardo de um padre, inglês e que após a destruição de sua vila vira arqueiro nas guerras entre França e Inglaterra (Guerra dos Cem Anos). E nessa turbulência toda ainda surge a hipótese de que seu falecido pai tenha sido portador do Graal, ficando a cargo dele descobrir se é verdade e caso se confirme, onde está a relíquia maior da cristandade.

Nas suas andanças entre França e Inglaterra, Thomas conhece muitas pessoas que o apoiam na sua busca, inclusive algumas que eram seus inimigos. Tem romances intensos com mulheres que encontra na sua caminhada, mulheres bastante diferentes entre si, mas que o marcam cada uma a sua maneira. Faz amizades profundas e perde os amigos de forma muitas vezes trágicas e não bastasse sua busca pelo Graal e as guerras das quais participa ainda inclui a vingança de seus amigos a suas metas pessoais.

Antes de ler qualquer coisa de Bernard Cornwell ouvia falar muito bem de seus livros, da forma como descrevia a história, misturando história e ficção de uma forma como poucos. Concordo com tudo o que foi falado a respeito dele. Os livros são bem escritos, com descrições memoráveis, especialmente das lutas, e aqui tem o único porém da escrita de Cornwell: como a história é formada por três livros, em todos há descrição das lutas o que torna a leitura um pouco enfadonha a partir da segunda vez.

A história mostra também a relação entre as pessoas e a igreja, mitos, medos, crenças e principalmente e hipocrisia dentro da própria instituição, que se utilizava das fraquezas e medos junto com torturas para conseguir aquilo que queriam (isso na época da inquisição).

Resumindo: a história é boa, bem contada e após o término fica o gostinho de quero mais.

sábado, 30 de junho de 2012

O Desafio dos 100 Livros – parte III




Continuando com o desafio, aqui vão as próximas 10 perguntas:

21- Um livro com teor feminista.
Uma visão feminista da história do Rei Artur
As Brumas de Avalon - Marion Z. Bradley

22- Um livro que você considere revolucionário.
Eu acho que esse livro foi revolucionário na sua época, pois mudou a forma como os livros eram escritos (romances e realistas) para algo moderno, que começou lá em 1922. Esse foi escrito em 1928, mas está ligado a todo aquele "vuco-vuco". Macunaíma - Mário de Andrade.

23- Um livro cuja leitura te emocionou.
Teve muitos mas não posso deixar de citar (novamente) O Senhor dos Anéis de JRR Tolkien, especialmente o último livro, O Retorno do Rei, quando Frodo e Bilbo partem para as Terras Imortais. Sempre que leio e/ou assisto me emociono demais...

24- Um livro cuja leitura trouxe-lhe reflexão.
Ensaio sobre a cegueira de José Saramago, quem não leu ainda corre.... Um livro que nos mostra uma situação bastante inusitada, inexplicável e muito impactante, que nos faz pensar: "E se algo assim acontecesse?"

25 - Um livro que tenha um protagonista com caráter duvidoso.
Emma Bovary de Madame Bovary, Gustave Flaubert.

26- Um livro em que o protagonista seja demasiadamente Ingênuo.
Bruno, protagonista de O Menino do Pijama Listrado de John Boyne. Tão ingênuo que não acreditamos no que realmente vai acontecer com ele sem que aconteça...

27- Um livro em que ocorra transformações em caráter e ideologias dos personagens.
O Cortiço de Aluísio de Azevedo

28 - Um Bom livro de contos.
Não sou muito de ler contos, mas esse livro é muito bom. Um dos contos que o compõe é O curioso caso de Benjamin Button, que virou filme recentemente.
Seis Contos da Era do Jazz e Outras Histórias - Scott Fitzgerald

29 - Um livro sobre guerra.
Já que estou lendo esses, sugiro a trilogia "A Busca do Graal" de Bernard Cornwell. Formada pelos livros: O arqueiro; O andarilho e O herege.
Fala (ficcionalmente) da guerra dos cem anos entre França e Inglaterra.

30 - Um livro sobre revolução.
Um livro que fala um pouquinho sobre a revolução dos pampas. A Casa das Sete Mulheres - Leticia Wierzchowski
É claro que um livro romanceado e não histórico, mas mesmo assim muito bom para termos uma ideia de como foi a Revolução Farroupilha.

Parte I: aqui
Parte II: aqui

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Influenza A H1N1 - Como se prevenir


O inverno está aí e com ele vem as gripes e resfriados. Uma das variações de gripe que está  preocupando é a chamada Influenza A H1N1, que tem levado muitas pessoas a óbito.

Vou postar duas tabelinhas que falam sobre como diferenciar a Influenza A da gripe comum e como se prevenir. Até porque nesses casos a prevenção é o melhor remédio!






Como diferenciar a GRIPE COMUM 
da INFLUENZA A

SINTOMAS
GRIPE COMUM
INFLUENZA A
FEBRE
NÃO CHEGA A 38°
INÍCIO SÚBITO A 38°
DOR DE CABEÇA
DE MENOR INTENSIDADE
INTENSA
CALAFRIOS
ESPORÁDICOS
FREQUENTES
CANSAÇO
MODERADO
EXTREMO
DORES MUSCULARES
MODERADAS
INTENSAS
DOR OU ARDOR NOS OLHOS
LEVE
INTENSO
DOR DE GARGANTA
ACENTUADA
LEVE
TOSSE
MENOS INTENSA
SECA E CONTÍNUA
MUCO (CATARRO)
FORTE E COM CONGESTÃO NASAL
POUCO COMUM


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